quinta-feira, 1 de setembro de 2011

1 TESSALONICENSES.

1ª EPÍSTOLA DE PAULO AOS




TESSALONICENSES







INTRODUÇÃO





Visão geral

Autor: O apóstolo Paulo.

Propósito: Assegurar aos messiânicos tessalonicenses do amor que Paulo tinha por eles e instruí-los a respeito da importância de viver para Maschiyah e entender corretamente as etapas do seu retorno.

Data: 50-51 d.C.

Verdades fundamentais:

Devemos agradecer a Yaohu pela fidelidade do seu povo.

Os messiânicos devem ser elogiados pela sua fidelidade.

Os messiânicos devem viver de maneira a agradar a Yaohu.

Os messiânicos que morreram ressuscitarão quando Maschiyah voltar.

Os messiânicos devem estar sempre prontos para o retorno de Maschiyah.





Propósito e características

A primeira epístola aos Tessalonicenses foi ocasionada por uma informação que Paulo tinha recebido de Timóteo com respeito à situação daquela congregação (3,6-7). Paulo escreveu com alegria e alívio, pois, de acordo com esse relato, os tessalonicenses permaneciam firmes na fé apesar da saída repentina de Paulo e seus colaboradores e dos problemas causados pelas facções hostis.

Paulo concentrou a sua carta em dois temas importantes:

O retorno de Maschiyah. Muitos ensinos sobre o retorno de Maschiyah estão espalhados ao longo das duas epístolas aos tessalonicenses, especialmente no caps. 4 – 5 da primeira epístola e nos caps. 1 – 2 da segunda. O discurso de Paulo em Atenas (At 17) confirma que a sua estratégia entre o público não judeu nesse tempo era enfatizar a vinda do julgamento (1Ts 4,6), que Yaohu havia colocado nas mãos do UNGIDO – Yaohushua ressuscitado.

O retorno de Maschiyah para julgar irá anteceder imediatamente a ressurreição dos justos para o seu eterno descanso e salvação na presença de Yaohu (4,16; 5,9; 2Ts 1,7), bem como a ressurreição dos injustos que Paulo pressupunha que seria a eterna separação de Maschiyah (2Ts 1,9). O começo do fim será precedido por um difundido movimento da apostasia e pelo aparecimento de um diabólico “homem da iniqüidade” (2Ts 2,3; veja também 2Ts 2,1-12). Uma vez que essa pessoa ainda não havia surgido, aqueles na congregação de Tessalônica que tinham afirmado que o “Dia de Yaohu” já havia chegado (2Ts 2,2) tinham de ser silenciados.







EPÍSTOLAS PAULINAS: (8ª).



Tessalônica e a fundação da Igreja. Foi no ano 50, no decurso de sua segunda viagem, que Paulo chegou a Tessalônica, capital da província romana da Macedônia. Foi a primeira metrópole abordada por ele na Europa. Esta cidade, fundada no século IV a.C., havia adquirido importância rapidamente. A sua localização geográfica ao fundo do golfo Termaico fazia dela um porto seguro. Situada na Via Egnatia, que ligava o mar Egeu ao Adriático, era um lugar de trânsito e a saída natural de uma planície rica e de toda a hinterlândia. Primeiro sob a dominação Macedônia, depois sob a dominação romana, ela desempenhou um papel político importante, notadamente por ocasião da revolta de 149 a.C., que quis sacudir o jugo romano, cada vez mais pesado. Pouco depois, a Macedônia se tornou província romana, e Tessalônica, que era a cidade mais povoada, foi escolhida como capital. Em 42 a.C., ela obteve o estatuto de cidade livre, e a administração imperial aí estabeleceu um procônsul. A cidade se desenvolveu, suas instalações portuárias foram ampliadas. Quando Paulo nela penetrou, já se tornara uma cidade comercial florescente, onde viviam numerosos estrangeiros e, entre eles, uma importante colônia judaica.

O livro dos Atos nos informa que Paulo vinha de Filipos, acompanhado de Silas e Timóteo (At 17,1-10). A permanência de Paulo em tessalônica talvez não tenha sido tão breve quanto o faz pensar o livro dos Atos (três sábados, At 17,2). Com efeito, ele teve tempo para aí exercer um ofício (1Ts 2,9), receber várias ajudas dos filipenses (Fl 4,16) e fazer com que judeus, prosélitos e sobretudo pagãos aderissem ao Evangelho (cf. 1Ts 1,9). Mas a sua obra foi brutalmente interrompida pela reação da colônia judaica, que o forçou a uma partida precipitada. De dato, alguns judeus haviam provocado perturbações, acusando os pregadores de agir contra os decretos imperiais e arrastando alguns messiânicos perante os magistrados (At 17,5-9). Os irmãos de Tessalônica, de noite, fizeram partir os missionários para a Beréia, onde os judeus de Tessalônica ainda vieram opor-se à pregação de Paulo.

Assim o apóstolo deixa uma comunidade recém-formada. Compreende-se daí a sua inquietude a respeito desses novos messiânicos, abandonados a si mesmos durante a perseguição. Explica-se também a violência do tom que ele usa para falar dos judeus a seus correspondentes (2,15-16 nota).





A primeira Epístola aos Tessalonicenses. O que impressiona logo o leitor de 1 Tessalonicenses é uma grande diferença de tom com relação às outras epístolas paulinas. O apóstolo não está preocupado com alguma grande questão doutrinal. Antes de tudo, quer manifestar a intensidade dos sentimentos que o ligam a uma comunidade que acabara de fundar e deixara pouco antes. Depois de um momento de inquietude, Paulo se mostrara eufórico com as boas notícias que, enfim, recebeu. A sua alegria por ver irradiar a fé nascente da jovem Igreja se exprime numa longa ação de graças (os vv. 2 – 10 do cap. 1 são uma só e longa frase). Não precisa corrigir erros: sabe que os irmãos de Tessalônica estão no bom caminho, que resistiram à provação. A única coisa a lhes recomendar é que perseverem nesse caminho e façam nele novos progressos. Por certo Paulo está impaciente por voltar a estar com os tessalonicenses para completar o que ainda falta à sua fé (3,10), mas ele não está preocupado: os seus correspondentes são fiéis, sabem como devem viver doravante; é preciso no máximo repetir-lhes o já dito (4,9; 5,1). Viverão na esperança, várias vezes proclamada (1,10; 2,19; 4,16), da volta de Maschiyah glorioso, a Igreja de Tessalônica é uma prova de que não obstante todos os obstáculos, o Evangelho prossegue a sua obra.

Esta alegria, esta confiança, este fervor são expressos em uma linguagem simples e direta, e 1 Tessalonicenses é como a mensagem atenta e afetuosa de um pai a seus filhos (cf. 2,11-12), que sabe das dificuldades que eles precisam vencer. Na aurora da história da Igreja, revive-se com esta epístola o ardor dos primeiros combates e o entusiasmo das primeiras vitórias; nela encontramos a generosidade que marca os grandes começos.





A data. Com efeito, 1 Tessalonicenses é não somente a primeira epístola de Paulo em data, mas também o mais antigo escrito do NT. O apóstolo a enviou sem dúvida no início do ano 51 (vinte anos após a morte de Yaohushua), pouco depois de chegar a Corinto, onde Timóteo veio trazer-lhe notícias provenientes de Tessalônica. Sem dúvida nessa data as tradições evangélicas já haviam tomado corpo, mas os evangelhos, tais como os possuímos, ainda não haviam sido redigidos. Outros textos do NT nos relatam tradições mais antigas mas, do ponto de vista literário, 1 Tessalonicenses é o primeiro documento messiânico.





A segunda Epístola aos Tessalonicenses. A opinião comumente aceita vê em 2 Tessalonicenses uma carta dirigida pelo apóstolo pouco depois da primeira. No entanto, se as duas cartas trazem a mesma assinatura e foram realmente recebidas pela Igreja antiga como cartas do apóstolo Paulo, algumas questões são levantadas a respeito da autenticidade de 2 Tessalonicenses. Que uma dezena de palavras da segunda carta não se encontrem nas outras partes da literatura paulina não é uma objeção séria: 1 Tessalonicenses as tem ainda em maior número! O fato de, na segunda carta, o sentido atribuído a certos termos não ser conforme ao que se acha nas outras epístolas de Paulo também não é indício suficiente para recusar ao apóstolo a paternidade dessa carta. Mas uma comparação atenta das duas cartas conduz a duas observações mais importantes:

1. As semelhanças literárias entre os dois escritos são características. Expressões ou versículos inteiros de 2 Tessalonicenses parecem tomados da primeira carta, e isto nos três capítulos da segunda carta, excetuando, todavia, a instrução particular de 2Ts 2,1-12. Para bem se aperceber disso, podem-se dispor em paralelo os textos seguintes:

1Ts 1,2-3 2Ts 1,3

1Ts 2,12 2Ts 1,5

1Ts 3,13 2Ts 1,7

1Ts 3,11-13 2Ts 2,16-17

1Ts 2,9 2Ts 3,8

1Ts 5,23 2Ts 3,16

1Ts 5,28 2Ts 3,18

Tentou-se muitas vezes justificar este paralelismo, afirmando que as duas cartas teriam sido ditadas num espaço de tempo bastante breve, o que explicaria esse estreito parentesco. Mas se o tempo que separa o envio das duas cartas é tão curto, é preciso supor uma brusca evolução da situação em Tessalônica, que nada, no primeiro escrito, deixava prever. Fica, portanto, difícil explicar que o apóstolo, dirigindo-se aos mesmos homens no espaço de algumas semanas, passe do tom apaixonado e vibrante de 1 Tessalonicenses ao tom mais solene e ao estilo laborioso que impressionam o leitor da segunda carta.

2. O ensinamento ministrado em 2 Tessalonicenses, concernente aos acontecimentos do fim dos tempos (cf. a parágrafo seguinte) não se refere ao que foi escrito em 1Ts 5,16 sobre a vinda sábia do Dia do YHVH. O fato é tanto mais curioso porquanto 1 Tessalonicenses ensina que se passará sem transição de uma paz aparente à ruína, ao passo que a segunda carta descreve a sucessão das etapas da história dos homens antes da revelação gloriosa de Maschiyah. Pode-se responder a isso que a apocalíptica sempre misturou os dois temas do caráter repentino do acontecimento e dos sinais anunciadores, como se vê nos próprios textos evangélicos (cf. Mc 13, par.). Entretanto, se Paulo deu, ocasionalmente, um ensinamento sobre os últimos tempos (1Ts 4,13 – 5,3; 1Co 15,20-24), este não parece deixar nenhum lugar para um período de apostasia e para a vinda de um anticristo. É claro que a segunda carta é escrita essencialmente para expor este cenário apocalíptico (2Ts 2,1-12). Se se tratasse de precisar ou retificar um ensinamento anterior, por que apresenta-lo como um simples lembrete de um ensinamento que, escrito ou oral, insistia sobre a vinda inopinada do Dia de YHVH, “como um ladrão a noite”?

O problema permanece de pé, e sem dúvida não é capital, pois a tradição antiga nem sequer o alega. 2 Tessalonicenses corresponde certamente à situação precisa das comunidades messiânicas que ficaram, aqui ou acolá, inquietas por não verem chegar o Dia de YHVH tão depressa quanto supunham. Que um escritor messiânico, um responsável por uma comunidade, compenetrado do ensinamento de Paulo, haja crido dever, pondo-se sob o patrocínio do apóstolo, corrigir uma falsa e perigosa interpretação da espera da volta de Maschiyah é bastante verossímil, e explicaria bem a origem das disparidades de coerência que foram notadas. Este modo de proceder não decorre de uma mentalidade de falsário, como poderia fazer crer o nosso conceito moderno da literatura: as literaturas judaicas e messiânicas o utilizaram freqüentemente para precisar ou aprofundar um ensinamento tradicional. Seja como for, 2 Tessalonicenses desempenhou um papel importante na história da Igreja, prevenindo-a – não obstante a obscuridade de suas alusões apocalípticas – contra toda evasão para longe das realidades do combate que os messiânicos devem sustentar no mundo e lembrando que a esperança messiânica é inseparável da vigilância cotidiana.





A experiência missionária de Paulo. Em 1 Tessalonicenses, sobretudo nos três primeiros capítulos, Paulo se exprime no presente, mas fazendo continuamente alusão ao passado. A cada passo do seu texto, encontramos verbos como “lembrar-se” ou “saber” no sentido de “lembrar-se deste ou daquele fato” (1,3.4.5; 2,12.5.9.11; 3,3.4.6; 4,2; 5,2). É que as relações presentes do apóstolo com os seus correspondentes só têm sentido baseando-se no que eles viveram juntos alguns meses antes: elas se enraízam na experiência, comum a Paulo e aos irmãos, do nascimento da comunidade messiânica pela proclamação missionária do Evangelho. Graças a essas recordações do passado, nós possuímos um testemunho muito precioso, pois Paulo talvez nunca se tenha entregue a confidências tão precisas e tão pessoais sobre a primeira adesão de um grupo humano à fé pascal.

Ao anúncio do Evangelho, os tessalonicenses mudaram de vida: doravante, esperam a vinda de Yaohushua, o Filho que Yaohu ressuscitou dos mortos, e Paulo pode render graças por sua fé, amor e perseverança (1,3). Esta mudança radical procede primeiramente da iniciativa mesma de Yaohu, da mesma escolha amorosa que fizera de Israel o povo eleito (1,4; 2,12) e Paulo bem sabe que não pode atribuir esta conversão à sua palavra humana: aliás, ele não procurou sucesso pessoal, não quis agradar aos homens (2,3-4). Na realidade, a sua palavra era a Palavra do próprio Yaohu, e é o poder de Yaohu, que deu àqueles gregos a capacidade de “se afastar dos ídolos para servir ao Deus Yaohu vivo e verdadeiro” (1,9). [É exatamente isto que deveria acontecer hoje em dia...! Mas, acontece ao contrário: “Denominações crescendo e acrescentando suas próprias palavras humanas nas Palavras já ditas e colocadas nas Escrituras Sagradas – conforme a interpretação alheia – talvez para agradar a homens...!”]. {ISSO TEM QUE ACABAR DE UMA VEZ POR TODAS. PORQUE, SÓ EXISTE UMA PALAVRA – COMO TAMBÉM EXISTE UM SÓ BATISMO E UMA SÓ FÉ QUE SALVA E TRÊS DÃO O TESTEMUNHO – SENDO UMA ÚNICA PESSOA – POIS HÁ TRÊS QUE DÃO TESTEMUNHO (NO CÉU: O PAI, A PALAVRA E O RÚKHA hol – RODSHUA [O ESPÍRITO SANTO]; E TRÊS SÃO OS QUE TESTIFICAM NA TERRA): O RÚKHA hol – RODSHUA, A ÁGUA E O SANGUE, E OS TRÊS SÃO UNÂNIMES NUM SÓ PROPÓSITO! SENDO EXATAMENTE ISTO QUE O HOMEM AINDA NÃO APRENDEU...?}. Anselmo. Essa palavra não é, portanto, o simples discurso de um homem que teria algo a dizer sobre Yaohu: é a Palavra do ‘Elo(rr)hím(i) [ULHIM] – Yaohu, uma intervenção de Yaohu por seu Rúkha hol – RODSHUA, em favor dos ouvintes do apóstolo; e a fé dos que crêem manifesta a sua eficácia (2,13). Esta palavra, Paulo a chama também de “Evangelho” (de Yaohu) (2,4.9). Este termo, com efeito, designa exatamente a mensagem apostólica, a Boa Nova que ele relembrará em breve aos coríntios (1Co 15,1ss.). e da qual 1Ts 2,9-10 talvez seja uma formulação mais arcaica. Proclamando a ressurreição de Yaohushua, o apóstolo se torna colaborador de Yaohu (3,2), pois, pelo Rúkha hol – RODSHUA, Yaohu age poderosamente no íntimo dessa proclamação (1,5). Assim, Paulo explica para si um sucesso tão surpreendente quanto a acolhida da Palavra “na alegria do Rúkha hol – RODSHUA” (1,6), em meio às provações e perseguições que a fé em Yaohushua acarretava (2,14). E esta ação não se limita ao nascimento da comunidade dos fiéis: no seio de todas as lutas, de todas as provações que não faltam aos novos messiânicos, não cessa de retinir o apelo a uma fé mais ativa, a um amor que dá ainda mais, a uma esperança que não desfalece.

Que significa isso, senão que o poder de Yaohu, que operou a ressurreição de Yaohushua, age doravante na pregação apostólica? A ressurreição de Yaohushua não é o simples conteúdo de um enunciado entregue à convicção ou à arte oratória do missionário que o assume. O que é afirmado no ato de proclamação – o poder de Yaohu que faz viver triunfando sobre a morte – manifesta-se nesse mesmo ato, que transforma idólatras em servidores do ‘Elo(rr)hím(i) [ULHIM] – Yaohu vivo. Mais que isso, esse poder realiza neles o que já realizou em Yaohushua. É a razão pela qual, em 1Ts, Paulo dá tão livre curso à sua segurança, à sua satisfação, à sua certeza de fé (cf. 3,7). Ele chega até a fazer da existência da comunidade de Tessalônica sua esperança, sua alegria, o orgulho que será a sua recompensa em presença do YHVH Yaohushua por ocasião da sua vinda (cf. 2,19). Em outras ocasiões, ele confessará não ter outro motivo de orgulho: a cruz de nosso YHVH YAOHUSHUA – MASCHIYAH – “O UNGIDO”, OU SIMPLESMENTE “Yaohushua Maschiyah” (1Co 5,7). Ora, 1 Tessalonicenses nos mostra como Paulo identifica, em sua esperança, a comunidade na qual Maschiyah está agindo com o próprio Maschiyah. E da glória que espera do Reino futuro (2,12), ele já possui uma antecipação: suscitando a fé no coração dos homens, Yaohu já glorificou, de certo modo, o seu colaborador: “Sim, sois vós que sois a nossa glória e a nossa alegria” (2,20).

Em sua atividade missionária, Paulo fez, portanto, a experiência da atualidade do mistério da morte e ressurreição de Maschiyah: não é um acontecimento que pertenceria ao passado. As comunidades messiânicas e ele próprio estão arrastando a provação que foi a de Yaohushua (1,6; 2,14). E nessa história, em que a morte está em ação, ele via jorrar a vida e a glória do Ressuscitado.





O ensinamento escatológico. A. Primeira carta. Se os três primeiros capítulos de 1 Tessalonicenses consistem sobretudo numa recordação do passado e o tom desse escrito, como vimos, faz dele uma carta à parte, nela se acha também um ensinamento de tipo particular concernente à escatologia, isto é, aos acontecimentos do fim dos tempos. Este ensinamento não se limita à instrução precisa de 4,13 – 5,3, pois a esperança da volta de Maschiyah é a certeza que pontua toda a epístola (cf. 1,10; 2,19; 3,13) e que fundamenta a conduta messiânica é o homem desta espera. O Dia do YHVH anunciado pelo AT, isto é, o dia em que Yaohu se revelará como juiz dos justos e dos ímpios, é compreendido por Paulo como o Dia de Maschiyah, o dia em que ele virá em sua glória de Filho de Yaohu para a salvação dos fiéis e a perdição dos maus. Naquele dia, é preciso que os messiânicos sejam encontrados irrepreensíveis.

Além do mais, este dia é esperado dentro de um prazo bastante curto (4,15: nós, os vivos, que tivermos ficado até a vinda de YHVH); a primeira geração messiânica – e Paulo com ela – acreditava numa volta próxima de seu YHVH. É a propósito de uma questão particular que o apóstolo deve esclarecer o seu pensamento. Qual será a sorte dos messiânicos mortos antes da volta de Maschiyah? Eles, que perderão a vinda de Yaohu em sua glória, levarão desvantagem com relação aos messiânicos ainda em vida? Vê-se que esta questão deve ter surgido bastante cedo nas comunidades messiânicas. A incerteza quanto à data exata da volta de Maschiyah empunha cada fiel ao risco de morrer antes do dia tão esperado. O apóstolo dissipa os temores dos seus correspondentes (4,13-18). A esperança permanece, pois está fundada na ressurreição de Maschiyah e no poder de Yaohu, que ressuscitou Yaohushua; um messiânico não é um morto para sempre. O Ressuscitado não esquecerá nenhum dos seus, e todos participarão do grande Dia e da glória. Os messiânicos mortos ressuscitarão primeiro, quando chegar o momento, e, em companhia dos messiânicos vivos, irão ao encontro do YHVH para permanecer como ele para sempre.

Paulo dá esse ensinamento fazendo referência a uma palavra do YHVH (cf. 4,15) e empregando as imagens tradicionais da apocalíptica judaica (voz do arcanjo e trombeta de ‘Elo(rr)hím(i) [Ulhim] anunciando a decisão divina). É significativo que o apóstolo julgue inútil deter-se em precisar os tempos e os momentos, para insistir sobre a instantaneidade daquele Dia que virá como um ladrão durante noite. Os homens se julgarão em paz, e é então que a ruína desabará sobre eles (5,2-3). A única preocupação dos messiânicos será, portanto, estar sempre prontos a acolher o seu YHVH, vigiar sem trégua.

B. Segunda carta. Em 2 Tessalonicenses, a preocupação do autor é totalmente diversa. Certos messiânicos, por estarem persuadidos da volta iminente de Maschiyah procedem como se o Dia do YHVH já tivesse chegado, valendo-se de um ensino apostólico mal compreendido (2Ts 2,1-2). Certos membros da comunidade vivem na desordem (3,6), abolindo provavelmente os percalços da vida cotidiana e abandonando o próprio trabalho (3,10-12). As especificações dadas no cap. 2 sobre os acontecimentos que devem preceder a vinda do Yaohu correspondem a esta situação. Elas visam prevenir toda antecipação falaciosa, combater toda utopia. Com efeito, se Maschiyah deve vir castigar os incrédulos e fazer os crentes participarem da sua glória (1,8-10), esta vinda só pode realizar-se após uma série de catástrofes, como os apocalipses judaicos sempre afirmaram a propósito dos últimos tempos e como o próprio Yaohushua anunciou, conforme dizem os evangelhos (cf. Mc 13 par.). Pode-se resumir o desenrolar dos acontecimentos da seguinte forma:

1. Satanás já está em ação neste mundo. Disto são sinal as perseguições sofridas pelos messiânicos, e a partilha do mundo se faz primeiro entre fiéis e ímpios. Mas esta impiedade irá crescendo, mentira e injustiça se difundirão. As seduções (a ilusão) serão o pior perigo: haverá o risco de se tomar o falso pelo verdadeiro e o injusto pelo justo. [Isso, já acontece hoje em dia. Nas denominações que enganam seus “fiéis”. E olha que aí não têm nada de Satanás. Pura e simplesmente o próprio homem caído que não quer se arrepender dos seus pecados. O coração endurecido distante de Yaohu faz coisas que dariam inveja em Satanás...!!!]. Anselmo.

2. Depois virá o tempo da apostasia, quando, no momento aprazado, se manifestar um personagem chamado o Ímpio, verdadeiro Anticristo, que será como uma encarnação de todas as potências do mal. Os milagres e prodígios que ele realizará acabarão extraviando os que não tiverem acolhido o amor da verdade (2,10). No seu orgulho, ele chegará a querer passar por ‘Elo(rr)hím(i) [Ulhim] mesmo, e tomar assento no Templo. [Bem, no meu ponto de vista, até concordo...!! Mas: “Acredito que este fato está relacionado ao PASSADO – a acontecimentos que deram início a toda essa manifestação... que é relacionado agora e, que entra como sendo vivida novamente! Pois, se antes do fim virá à apostasia e isso é realmente esquecer de tudo que é bom (acredito que procuraremos por milagres como acontece hoje em dia nas denominações...!!! E, não encontraremos. Pediremos mas não virá...!!!). Essa vai ser a tribulação do verdadeiro crente em Yaohu – Pois a palavra diz: Todo aquele que invocar meu Nome será Salvo! Então o que acredito é em um grande engano que levará muitos seguidores da palavra a errar como numa trama policial de puro suspense e ação um verdadeiro filme que quem viver verá! Então é nisso que acredito como tempero para essa história toda...”]. Anselmo Estevan.

Se este Ímpio ainda não veio no momento em que a carta é escrita, é que alguém e algo ainda o retém (cf. 2,6-7 nota), sem que se possa saber exatamente quem é assim designado. Decerto os destinatários desta carta são julgados capazes de captar a alusão. Em todo caso, é claro que, para o autor, um prazo indeterminado – ligando a este misterioso obstáculo – ainda separa o tempo em que ele escreve do tempo em que o Ímpio manifestará abertamente seu poder satânico.

3. Somente após a vinda deste Ímpio é que o YHVH se revelará, por sua vez e aniquilará tal adversário. [Mas, por que tem que esperar a sua vinda e manifestação? Porquê tem que ser feita a distinção de quem é realmente seu verdadeiro filho e confiará nele mesmo sendo provado no fogo como ouro refinado de Ofir. Os que sobreviverem a esta provação serão seus! Não antes pois, estamos como o trigo no meio do joio – somos todos iguais nem bons nem ruins mas todos com a mesma qualidade até ao amadurecimento e a prova final para quem ficar “vivo” para esta provação...!]. Pois, acredito no Sacrifício do Filho por toda a humanidade uma única vez por todas... Senão seria preciso crucifica-lo quantas vezes para nos purificar e Satanás seria como um super-herói que nunca morre? Então pra que Seu Sacrifício na cruz por nada? Claro que não! Então veja o que entendo: O ENGANO. Gn 3,4 (referências Jo 8,44; 2Co 11,3); Mt 28,18 (referências Ef 1,20-22; Fp 2,9.10; 1Co 15,25-28; Jo 3,35); Ef 6,12 (referências Rm 8,38; 1Co 3,22; Fl 2,1-11); Rm 16,20: Veja às referências deste capítulo e versículo dá o entender que “Satanás já está esmagado debaixo dos pés de quem acredita assim! Pois se você acreditar que ele vive, ora, pra você ele vai estar sempre vivo... veja – Ap 22,21; 1Ts 5,28; Gl 6,18 (GRAÇA C/ NOSSO ESPÍRITO); 2Co 13,14 (TRINDADE); Rm 16,20 – a Graça de Nosso YHVH Yaohushua seja com vocês. Mt 4,10 (Só adorar a Yaohu...); Rm 16,20 – Satanás: Gn 3,15 (ESMAGARÁ); Rm 16,20 – Há obra feita por nós...! Rm 15,33 (Em breve o ‘Elo(rr)hím(i) [Ulhim] de Paz); Rm 16,20 – Que ‘Elo(rr)hím(i) [Ulhim] seja com todos vocês – GRAÇA. Rm 7,14.15.22.23! Rm 6 – 8; 2Co 6,2; Tg 1,4; Ef 4,12.13; 1Jo 4; Rm 16,20. Ora, se as Escrituras Sagradas dizem que Yaohushua viu Satanás cair dos céus... Se os anjos o tiraram dela! Se ele foi precipitado para a terra e perseguiu em pouco tempo os discípulos de Yaohushua”! Se Yaohushua falou que o príncipe deste mundo já está julgado e já não mais está na terra! Então onde ele está? Será que pode enganar a Yaohu? Será que todo sacrifício feito perfeito uma única vez não adiantou? Será que tem que fazer de novo para alguns acreditarem? Só se for isso pois assim estamos pisando a cruz de Yaohushua e é isso que não podemos fazer é isso que me refiro....!]. Jo 12,31; Lc 10,18; Ap 12,7; 20,3;12,12! Anselmo.

Aqueles, portanto, que em Tessalônica julgam poder viver como se o Dia do YHVH já tivesse chegado esqueceram o ensinamento do apóstolo (2,3), estão no erro em sua euforia e poupam-se erroneamente à lutas e perturbações dos últimos tempos. Antes da vitória final de Maschiyah, o combate a travar será ainda mais duro, a vigilância e o discernimento, mais necessários do que nunca. Certamente o Evangelho chamou os messiânicos a participar da glória de Maschiyah (2,14), mas antes da glória há a perseguição e o sofrimento (1,4-5) que ninguém pode atravessar, sem progredir no amor, na fé e na perseverança.

A proximidade do fim é pois claramente relativizada se comparada com 1 Tessalonicenses. Para 2 Tessalonicenses, justamente por viverem nos inícios dos tempos apocalípticos, é que é preciso opor-se a um desmantelamento precipitado da ordem estabelecida na comunidade e na sociedade (recusa ao trabalho). É preciso afastar-se (3,6) dos que querem viver na aparência de uma vitória ainda não alcançada e, se necessário, cortar toda relação com eles (3,14). É o último ato do drama que transformará as situações, mas ainda não se chegou sequer ao penúltimo ato. Vê-se que 2Ts é o primeiro texto que coloca nestes termos o problema que o messianismo se reproporá ao longo das gerações, por todo o tempo que pensar a própria fé e esperança no quadro da representação apocalíptica.

As Epístolas aos Tessalonicenses são ambas testemunhos fundamentais sobre a Igreja antiga e sua esperança. A ausência de longos desenvolvimentos dogmáticos não faz delas escritos de menor monta, pois, na sua relativa simplicidade, elas mencionam tudo o que constitui a fé comum dos primeiros messiânicos e a experiência dos primeiros missionários: o amor de Yaohu que chama; o YAH-YHVH-de-Maschiyah, cuja volta se espera ardentemente, a ação transbordante do Rúkha hol – RODSHUA na palavra do anúncio e na vida das comunidades, a certeza da ressurreição, a perseverança em meio à perseguição, o amor fraterno que torna solidários os messiânicos e as comunidades... Como poderia o messiânico não retornar constantemente a esta fonte? Como não encontrar aí sempre um convite a viver, no próprio tempo, a mesma esperança e com o mesmo ardor?

[Concordo que alguns leitores não concordem com o que acho certo...! Mas, entendo dessa forma: “Que estamos chegando ao fim dos tempos! Mas ao fim dos tempos de miséria, fome, doenças, maldade, etc. e, estamos para entrar numa nova era num novo recomeço sem esses problemas que enfrentamos hoje em dia!” Sendo que o Evangelho para alguns, tem o fedor de putrefação. De coisa morta – Claro, pois estão de coração endurecido e para esses é o fim! Mas para nós o Evangelho tem odor de rosas de novo de renovação por isso o fim é o fim das coisas ruins para uma nova vida... por isso, escrevo desse jeito...!!]. 2Co 14-17 (16: aroma de vida. Os crentes verdadeiros exalam um perfume agradável, não somente em termos de seu relacionamento com Yaohu, mas também em suas interações com aqueles ao seu redor. Por outro lado, a vida dos crentes amedronta os incrédulos, que reconhecem que falta neles mesmos a doçura espiritual – uma advertência a respeito do julgamento iminente {Fp 1,28}. Quem é, porém, suficiente para estas coisas? Ser um mensageiro da vida ou morte é um privilégio extraordinário. Ninguém é digno dessa tarefa eternamente importante, mas Yaohu qualifica crentes para isso, apesar de tudo (3,6). E, é nisso que acredito!). 1Co 11,28-32; 1Jo 1,9; Sl 32,5…; seria mais ou menos isso que penso por isso escrevo...! Anselmo.

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