quinta-feira, 1 de setembro de 2011

B'MIDBAR (NÚMEROS).

NÚMEROS




INTRODUÇÃO





Visão geral



Autor: Moisés.

Propósito: Conclamar a segunda geração do êxodo a servir a Deus (Yaohu) como seu exército santo na conquista da Terra Prometida, evitando os erros do passado e permanecendo fiéis aos preceitos de Deus (Yaohu).

Data: c. 1406 a.C.

Verdades fundamentais:

• Deus (Yaohu) preparou o seu povo plenamente para servi-lo e ser bem-sucedido na conquista da Terra Prometida. Os membros da primeira geração fracassaram porque foram ingratos para com a graça que Deus (Yaohu) havia lhes demonstrado e temeram o poder dos cananeus.

• Deus (Yaohu) levantou outra geração para conquistar a Terra Prometida; mas, para que fossem bem-sucedidos, eles também teriam de ser fiéis a Yaohu.





Propósito e características



Na Bíblia hebraica, o título do livro é derivado da quinta palavra hebraica do primeiro versículo, que pode ser traduzida como “no deserto” - uma descrição apropriada do conteúdo do livro. Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego (a Septuaginta), seus livros receberam títulos gregos. Nesse caso, foi adotada uma palavra grega que descreve apenas as listas dos homens de guerra: arithmoi ou “NÚMEROS”.

Pelo menos três temas são fundamentais na mensagem de Números. Em primeiro lugar, o livro descreve vividamente a misericórdia e a fidelidade de Deus (Yaohu) para com o seu povo. Ele mostra Deus (Yaohu) dirigindo o seu povo enquanto este se preparava para a jornada pelo deserto, consolando-o nas suas dificuldades, tratando de seus medos e castigando-o apenas depois de se mostrar extremamente paciente. Os erros dos isralitas – até mesmos dos melhores dentre eles, inclusive Arão, Miriã e Moisés – são contrastados com a perfeição do Deus (Yaohu) sempre fiel à sua aliança.

O segundo tema mais importante em Números é o poder soberano de Deus (Yaohu) de realizar os seus propósitos. O livro mostra o fracasso total da primeira geração e o julgamento severo de Deus (Yaohu) sobre ela. No entanto, também oferece esperança para a segunda geração do êxodo: Deus (Yaohu) continuava conduzindo a História rumo ao seu objetivo de levar Israel à Terra Prometida. Os propósitos de Deus não falharão, mesmo quando o seu povo fracassa.

O terceiro tema fundamental é a responsabilidade do povo de Deus (Yaohu) de ser fiel ao chamado que ele lhe fez. O livro termina de modo repentino, mostrando a segunda geração se preparando para entrar na terra, e não registra nenhuma das batalhas travadas do outro lado do Jordão. Ele foi escrito para chamar a segunda geração a avançar na conquista como o exército santo de Deus (Yaohu).





Cristo em Números:



Números apresenta um retrato histórico que aponta para Cristo de cinco modos principais. Em primeiro lugar, em termos gerais, à medida que o livro descreve Israel se preparando, fracassando e se preparando novamente para guerra santa em Canaã, os leitores cristãos são lembrados dos últimos estágios da guerra santa por meio da qual Cristo conquistará os novos céus e a nova terra. Cristo começou a última batalha contra os inimigos de Deus (Yaohu) quando morreu e ressuscitou dentre os mortos (Cl 2,15; Hb 2,14-15). Essa guerra tem continuidade por meio da pregação do evangelho pela igreja de hoje (At 15,15-17; Ef 6,10-18). Por fim, quando Cristo voltar, a batalha pelo mundo será concluída (Ap 19,11-21; 21,1-5). Em segundo lugar, o livro volta o seu foco repetidamente para a fidelidade do povo de Deus (Yaohu), lembrando aos cristãos não apenas da salvação que se dá por meio da obediência perfeita de Cristo (2Co 5,19), mas também do seu chamado para que seus seguidores busquem a santidade (Hb 12,14). Em terceiro lugar, Cristo também é revelado em alguns tipos específicos em Números. A obra de Cristo, por exemplo, é prefigurada pela tipologia da novilha vermelha (cap. 19; Hb 9,13), pela água que jorrou da rocha (20,11; 1Co 10,4) e pela serpente erguida, que da morte trouxe vida (21,4-9; Jo 3,14-15), Em quarto lugar, a profecia especifica sobre as conquistas de Davi, que derrotaria os inimigos de Israel (24,15-19), prefigura Cristo que, como o grande filho de Davi, um dia será reconhecido como o maior Rei de todos. Por fim, a centralidade do tabernáculo também prefigura Cristo. Em sua primeira vinda, Cristo veio habitar (lit. “tabernacular”) no meio da humanidade (Jo 1,14) e, por meio de sua morte e ressurreição, abriu caminho para que todo àquele que crê entre na presença de Deus (Yaohu) [Mc 15,38; Hb 6,19; 10,20]. O apóstolo Paulo ensinou que a igreja é o templo de Deus (Yaohu) e que o mesmo pode ser dito de cada cristão (1Co 3,16; 6,19-20; Ef 2,19-22). Na segunda vinda, a habitação de Deus (Yaohu) com a humanidade será plena e os cristãos não precisarão mais de um templo para Deus (Yaohu), pois o Cordeiro será o templo (Ap 21,3.22).







Números. O livro dos Números, assim chamado pelos tradutores gregos por causa dos recenseamentos que constituem o objeto dos primeiros capítulos, é o mais complexo dos livros do Pentateuco.





Plano do livro. Se nos ativermos às grandes linhas, descobriremos três partes:

 a primeira prolonga e completa a apresentação das instituições descritas no Êxodo e no Levítico: recenseamentos (cap. 1 – 4), dedicação do santuário (7), consagração dos levitas (8);

 na segunda, Israel deixa o Sinai (10) para atravessar o deserto, onde deverá andar errante durante quarenta anos (11 – 14; 16 – 17; 20). Finalmente, ele chega á Transjordânia, aos limites da terra de Moab (21); é lá que se situam os episódios das bênçãos de Bileâm (22- 24) e a apostasia de Bet-Peor (25);

 a terceira começa com um novo recenseamento (26) e contém sobretudo as disposições tomadas por Moisés para a partilha dos territórios conquistados (32) ou a conquistar (27; 34 – 36). Encontra-se ali também o relato de uma expedição contra a tribo de Midian (31) e o resumo das etapas da marcha de Israel do Egito às margens do Jordão (33).

Portanto, o livro tem a forma de um relato, mas o seu movimento de conjunto com frequência é encoberto pela complexidade dos detalhes. Além disso, contém numerosos elementos legislativos: alguns estão incorporados ao relato (17, 3-5; 31, 21-47); outros, de redação mais recente, são intercalados em diversos lugares sem que se veja qual a sua relação com o contexto (caps.5; 6; 15; 19; 28 – 30).

É possível esclarecer muitos detalhes e reconstituir em parte a história do texto com a ajuda das teorias modernas da pesquisa do Pentateuco (cf. Introdução ao Pentateuco). Elas não permitem, porém, explicar a unidade do livro. O princípio desta unidade deve ser buscado no tema tratado, resumido com muita exatidão pelo título hebraico do livro: Bamidbar, esto é, No deserto.



Israel no deserto. A maior parte dos textos reunidos em Números referem-se, efetivamente, ao período durante o qual Israel permaneceu nos desertos que margeiam a Palestina a sul e sudeste.

Os acontecimentos deste período não são facilmente compreensíveis para o historiador. O mais certo é que diversas tribos seminômades se encontraram na península do Sinai e ao sul da Transjordânia e foram se associando progressivamente para formar um povo. Algumas tribos haviam fugido do Egito (por volta de 1230), outras vinham de outras paragens. Se é impossível determinar a duração exata deste processo, é possível, com a Bíblia, relacioná-lo com lugares em torno dos quais gravitam os relatos das três artes dos Números: o lugar santo do Sinai (1 – 10), o grupo de oásis de Qadesh (13 – 14; 20), as planícies de Moab, no vale inferior do Jordão (21 – 36).

Quando um povo nasce dessa maneira, sobretudo numa região muito isolada, sua formação geralmente não deixa vestígio nos documentos dos povos vizinhos; os textos egípcios e os vestígios arqueológicos permitem apenas situar os movimentos das tribos israelitas no conjunto das migrações seminômades que se desenvolveram ao longo de todo o 2º milênio em direção à Palestina. Mas as origens de Israel deixaram lembranças duradouras na memória das próprias tribos: vitórias (21; 31), derrotas (20, 21; 21,1), incidentes diversos (11,1-3; 25,1-6), conflitos entre as tribos (que se podem adivinhar em 14, 23-24; 16,1; 32, 6) e mesmo aos pormenores dos itinerários percorridos (21,10-20; 33,1-49), que, aliás, coincidem com as rotas seguidas pelos nômades até época recente.

Quanto a este período, em que Israel começou a adquirir consistência, a Bíblia procura sobretudo dar-lhe o significado global. A estada no deserto foi para Israel ocasião de uma experiência religiosa privilegiada, que conserva valor para todas as gerações seguintes. Com frequência este período será apresentado com um ideal ao qual se deveria procurar voltar, ao menos parcialmente. A Bíblia dá muitas interpretações desta época excepcional: a de Oséias (tempo dos esponsais: Os 2,16-25; da mesma forma Jr 2, 2-3), a do Deuteronômio (período de educação: Dt 8, 2-6); a de Ezequiel (tempo de infidelidade: Ez 20). Números, único livro inteiramente consagrado a este tema, conserva sobretudo três aspectos: Israel era então um povo em que marcha, não estabelecido de modo permanente; era um povo isolado, subtraído a toda influência estrangeira; era um povo em formação, no qual subsistiam ainda muitos problemas fundamentais por resolver.





Um povo em formação. O livro consiste em uma série de relatos que continuam os do Êxodo. E aqui, como no Êxodo, podem-se distinguir três tramas narrativas: as tradições “sacerdotal” (P), “javista” (J) e “eloísta” (E). Mas elas estão melhor amalgamadas e, no conjunto, o relato é coerente e livre de repetições inúteis. É sobretudo por suas intenções teológicas que as três tradições se distinguem. Para J e E, trata-se de expor a história da primeira geração de Israel, deixando aos leitores a responsabilidade de extrair lições para a sua época. P, pelo contrário (da mesma forma que E em alguns casos), procura justificar as instituições que recomenda, narrando sua origem e descrevendo seu funcionamento.

As três tradições estão de acordo quanto aos acontecimentos essenciais da travessia do deserto, que aparece como um período de ajustamento, cujos fatos mais salientes são crises, frequentemente dramáticas. As duas primeiras crises figuram no Êxodo (17 e 32) e Números conta ao menos mais dez: duas no cap. 11, uma no cap. 12, uma em 13 -14, duas ou três em 16 – 17, uma em 20,2-13, uma em 21,4-9, uma ou duas em 25. O povo frequentemente se nega a caminhar, a persistir numa aventura que o amedronta e na qual não acredita mais; contesta a autoridade de seus chefes, suas decisões e até mesmo o plano de Deus (Yaohu). Os chefes, e sobretudo o próprio Yaohu, terão de tomar medidas drásticas com esse povo recalcitrante: uma geração inteira será condenada. Mas o desígnio de Deus (Yaohu) se realizará, ainda que seja na geração seguinte: o povo chegará à terra que Yaohu lhe destinou.

Este objetivo polariza todo o relato. Apesar das tentativas malograda (14, 39-45; 20,14-21), apesar dos cadáveres que juncam o deserto (14, 29; 26, 65), o povo avança para a Terra prometida (33); e a ocupação da Transjordânia (21, 21-35) é o prelúdio da entrada vitoriosa em Canaã.

Moisés. Impossível seria esta longa caminhada sem a presença do chefe, cuja importância as três tradições timbram em sublinhar: Moisés. Mas sua importância é enfatizada de maneira diferente em cada uma delas. A tradição “eloísta” (e em certa medida a “javista”) oferece-nos um retrato particularmente vivo e rico: o Moisés que ela apresenta é de uma grande verdade humana, com suas fraquezas (16,15; 20,10-12) e seus desalentos (11,11-15). Não há dúvida de que o traço dominante nele é sua fidelidade total a uma missão complexa e ingrata: Sua oração várias vezes salvará o povo em revolta contra ele (12,13; 14,13-19; 16, 22; 17,10-13). É homem de oração que vive com Yaohu numa intimidade excepcional (12, 6-8), o que o situa acima de todos os profetas, dos quais ele é protótipo.

Completamente diferente é a imagem que dele apresentam os textos “sacerdotais”. Nestes, com frequência. Moisés não passa de um porta-voz impessoal dos desígnios de Yaohu. Afinal de contas, seu nome não passa de um carimbo de autenticação oposto a uma regulamentação, sobretudo se ela é tarifada. Os textos “sacerdotais” põem-lhe ao lado a figura de seu irmão Aarão, o sumo sacerdote, cuja função muitas vezes consiste apenas em permanecer ao lado de Moisés, quando este comunica a Israel as ordens de seu Deus (Yaohu). O fato de que se faça questão de colocar o nome de Aarão ao lado do de Moisés, às vezes mesmo sem levar em consideração a correção gramatical (9,7; 20,10), indica claramente qual é o objetivo desses textos: Justificar a situação que os relatos mostram estabelecida desde a morte de Moisés: O sumo sacerdote (Eleazar, filho de Aarão) tem o monopólio da revelação divina a mais alta autoridade sobre o povo (27, 21).





A visão “sacerdotal” do povo de Deus (Yaohu). Esta maneira de escrever a história é característica dos textos “sacerdotais”. Sua intenção é descrever as instituições do povo de Deus (Yaohu) que corresponderão exatamente à sua teologia. Regulamentos, recenseamentos (1,4; 26), ordens de caminhada (10,13-32) ou de acampamento (2), relatos, tudo concorre para esboçar da maneira mais viva o quadro ideal do povo de Deus (Yaohu). O fato de que os textos P suponham a organização das instituições acabada antes da partida do Sinai (ao passo que para J e E quase tudo ainda está por criar) mostra bem que para eles a existência de Israel é impensável fora deste quadro, descrito frequentemente com minúcia impressionante.

A teologia que justifica estas instituições é particularmente rica, e aqui só podemos citar alguns de seus elementos:

1. Israel, em P, não é um povo em armas, uma nação engajada na vida política internacional, mas uma comunidade dedicada ao culto de Yaohu.

2. Nesta sociedade tudo é regulamentado, diretamente e nos menores detalhes, pelas decisões de Yaohu. Israel é literalmente governado pela palavra de Deus (Yaohu).

3. É um povo em marcha, ao menos até sua instalação em Canaã e nenhum texto prevê a fixação do santuário, concebido em visa da vida nômade. Nenhum lugar santo, nenhum templo fixo poderia monopolizar a presença de Yaohu. A única localização que o Deus (Yaohu) de Israel permite é habitar no meio de seu povo, numa tenda situada no centro do acampamento ou no centro da comunidade em marcha.

4. Esta presença permanente é, ao mesmo tempo, tranquilizadora e temível. Como é possível que o Deus (Yaohu) santo possa morar no meio de uma comunidade de pecadores, sem que eles, a cada instante, corram o risco de ser fulminados (17, 28)? A instituição dos sacerdotes e levitas permite contornar este perigo. Estes homens, especialmente escolhidos, são a parede entre o povo e a presença divina (1, 53; 17, 11); somente eles podem obter a absolvição dos pecados, que fazem pesar sobre a comunidade a ameaça da cólera divina (8, 19; 17, 12). São estas duas funções, sem as quais a comunidade não poderia sobreviver, que justificam seus privilégios (16, 3-8; 18, 8-19).





O povo de Deus (Yaohu) nas outras tradições. Mais difícil seria encontrar uma síntese tão acabada nos textos derivados das tradições “javista” e “eloísta”. Nelas se encontram muitos elementos importantes que completam o quadro do Israel ideal apresentado por P e iluminam o conjunto da história do povo.

Os textos “javista”, que seguem sobretudo as tradições das tribos do sul, estão mais atentos aos aspectos humanos da história. Como no Gênesis, insistem no alcance universal do destino do povo abençoado (Nm 22 e 24). E fixam balizas importantes para a introdução da monarquia davídica (24,7.17-19), que será a correção da história das origens de Israel.

Nos textos “eloístas”, mais fragmentários, pode-se notar um sentido mais claro da unidade do povo, a condenação de toda tendência separatista (16,12-34; 32) e, sobretudo, os primeiros esboços da instituição profética (11, 25-29; 12,1-6).





Atualidade dos Números. O livro de Números é, ao mesmo tempo, o quadro idealizado do povo santo e a história muito realista da primeira fase de sua existência. Esse duplo título confere-lhe um interesse permanente. Na descrição idealizada, o povo de Deus (Yaohu) poderá encontrar sempre um modelo. Não que deva imitar servilmente as instituições que foram a expressão concreta do ideal de Israel; mas pode ler ali alguns dos princípios aos quais deve adaptar sua vida. Assim a Igreja terá sempre necessidade de Números para lembrar-lhe que ela é um povo em marcha, um povo de profetas, regido pela palavra de Deus (Yaohu), dedicado ao culto de Yaohu.

No relato das revoltas do povo em formação, o povo de Deus (Yaohu) encontra uma advertência permanente. É neste capítulo que os profetas e os Salmos apelam para os acontecimentos do período do deserto (Mq 6, 3-5; Ez 16; 20; 23; Sl 78, 17-40; 81, 12-17; 95 ,8; 106, 14-33 etc.). É também o que faz Paulo quando remete os coríntios aos relatos do Êxodo e de Números: “Estes fatos lhes aconteciam para servir de exemplo e foram postos por escrito para instruir a nós” (1Co 10,11). É claro que a Igreja de hoje não deve procurar reconhecer sua própria história nos relatos de Números. Mas as múltiplas crises atravessadas por Israel no deserto são o efeito de leis que parecem valer para toda comunidade de crentes reunidos pela palavra de Deus (Yaohu); a reflexão de Números sobre estas crises poderia ajudar a Igreja a enfrentar melhor as que ela, por sua vez, deve atravessar.

O sistema de instituições dos textos “sacerdotais” baseia-se numa consciência aguda do pecado do povo; as revoltas ilustram este estudo de pecado, mas é uma realidade permanente, um mal crônico. Uma das mensagens mais notáveis de Números é a escolha deste povo de pecadores, separado para levar a bênção à humanidade inteira e para permitir que Deus (Yaohu) esteja presente no meio dos homens. É uma mensagem que a Igreja sempre deverá voltar a escutar para permanecer fiel à sua vocação à santidade, sem perder de vista a realidade dos homens que ela reúne.







PRINCIPAIS 'PERSONAGENS' - DE “NÙMEROS”





MIRIÃ

Pontos fortes e êxitos:

• Pensava rápido sob pressão.

• Era uma líder bem disposta.

• Era compositora.

• Era uma profetisa.



Fraquezas e erros:

• Teve inveja da autoridade de Moisés.

• Criticou abertamente a liderança de Moisés.



Lição de vida:

• As motivações por trás da critica costumam ser mais graves do que a própria critica.



Informações essenciais:

• Locais: Egito e Sinai.

• Familiares: Irmãos – Arão e Moisés.



Versículos-chave:

• “Então, Miriã, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Yaohu, porque sumamente se exaltou e lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro” (Êx 15, 20.21).



A história de Miriã pode ser encontrada em Êxodo 2,15 e em Números 12, 20. Ela também é mencionada em Deuteronômio 24, 9; 1 Crônicas 6, 3; Miquéias 6,4.





CALEBE

Pontos fortes e êxitos:

• Foi um dos espias enviados por Moisés para averiguar Canaã.

• Foi um dos únicos israelitas que saiu do Egito e entrou na Terra Prometida.

• Foi a minoria que se posicionou a favor de conquistar Canaã.

• Expressou fé nas promessas de Deus (Yaohu), a despeito dos aparentes obstáculos.



Lições de vida:

• A opinião da maioria não representa a medida exata do certo e do errado.

• A coragem baseada na fé em Deus (Yaohu) é apropriada.

• Para que a coragem e a fé sejam eficientes, é preciso combinar palavras e ações.



Informações essenciais:

• Locais: Do Egito para o Sinai, depois para Canaã, especificamente Hebrom.

• Ocupações: Espia, soldado e pastor.



Versículo-chave:

• “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente a possuirá em herança” (Nm 14,24).



A história de Calebe pode ser encontrada em Números 13,14 e Josué 14,15. Ele também é mencionado em Juízes 1 e 1 Crônicas 4,15.





CORÁ

Pontos fortes e êxitos:

• Foi um líder popular, uma figura influente durante o êxodo.

• Foi mencionado entre os chefes de Israel (Êx 6).

• Foi um dos primeiros levitas a serem chamados para o serviço especial no Tabernáculo.



Fraquezas e erros:

• Não reconheceu a importante posição em que Deus (Yaohu) o havia colocado.

• Esqueceu-se que sua luta era contra alguém ainda maior do que Moisés.

• Permitiu que a ganância cegasse seu bom senso.



Lições de vida:

• Algumas vezes, existe uma linha tênue entre objetivos e ganância.

• Ao ficarmos descontentes com o que temos, em vez da ganhar algo a mais, podemos perder tudo.



Informações essenciais:

• Locais: Egito e Sinai.

• Ocupação: Levita (assistente no Tabernáculo).



Versículos-chave:

• “Disse mais Moisés a Corá: Ouvi, agora, filhos de Levi, porventura, pouco para vós é que Deus (Yaohu) de Israel vos separou da congregação de Israel, para vos fazer chegar a si, a administrar o ministério do tabernáculo de Yaohu e estar perante a congregação para ministrar-lhe; e te fez chegar e todos os teus irmãos, os filhos de Levi, contigo; ainda também procurais o sacerdócio?” (Nm 16, 8-10).



A história de Corá pode ser encontrada em Números 16,1-40. Ele também é mencionado em Números 26,9; Judas 1,11.





ELEAZAR

Pontos fortes e êxitos:

• Sucedeu seu pai, Arão, como sumo sacerdote.

• Completou a obra de seu pai, ajudando a guiar o povo até a Terra Prometida.

• Foi amigo de Josué.

• Agiu como porta-voz de Deus (Yaohu) para o povo.



Lições de vida:

• Concentração nos desafios presentes e responsabilidades é a melhor forma de preparar-se para assumir o que Deus (Yaohu) designou para nós no futuro.

• O desejo de Deus (Yaohu) é que obedeçamos a Ele em toda a nossa vida.



Informações essenciais:

• Locais: Deserto do Sinai e Terra Prometida.

• Ocupações: Sacerdote e sumo sacerdote.

• Familiares: Pai – Arão; irmãos – Nadabe, Abiú e Itamar; tios – Miriã e Moisés.

• Contemporâneos: Josué e Calebe.



Versículos-chave:

• “E falou Yaohu a Moisés e a Arão no monte Hor, nos termos da terra de Edom, dizendo: Arão recolhido será a seu povo, porque não entrará na terra que tenho dado aos filhos de Israel, porquanto rebeldes fostes à minha palavra, nas águas de Meribá. Toma a Arão e Eleazar, seu filho, e faze-os subir ao monte Hor; e despe a Arão as suas vestes e veste-as a Eleazar, seu filho; porque Arão será recolhido e morrerá ali” (Nm 20,23-26).



Eleazar é mencionado em Êxodo 6, 23; Levítico 10,16-20; Números 3,1-4; 4,16; 16, 36-40; 20, 25-29; 26,1-4.63; 27, 2.15-23; 32, 2; 34,17; Deuteronômio 10,6; Josué 14,1; 17,4; 24, 33.



BALAÃO

Pontos fortes e êxitos:

• Muito conhecido por suas eficientes bênçãos e maldições.

• Obedeceu a Deus (Yaohu) e abençoou a Israel, a despeito do suborno de Balaque.



Fraquezas e erros:

• Ajudou a levar os israelitas a adorarem ídolos (Nm 31,16).

• Retornou para Moabe e foi morto durante a guerra.



Lições de vida:

• As motivações são tão importantes quanto às ações.

• Onde está seu tesouro também está o seu coração.



Informações essenciais:

• Locais: Viveu próximo ao rio Eufrates e viajou para Moabe.

• Ocupações: Feiticeiro e profeta.

• Familiares: Pai – Beor.

• Contemporâneos: Balaque (rei de Moabe); Moisés e Arão.



Versículos-chave:

• “Os quais [os homens carnais], deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta” (2Pe 2,15.16).



A história de Balaão é relatada em Números 22,1 – 24.25. Ele é também mencionado em Números 31,7.8.16; Deuteronômio 23,4.5; Josué 24,9.10; Neemias 13, 2; Miquéias 6,5; 2 Pedro 2,15.16; Judas 11, Apocalipse 2,14.

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