quinta-feira, 1 de setembro de 2011

MIKHAH (MIQUEIAS).

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE:






MIQUEIAS







INTRODUÇÃO







Visão geral

Autor: O profeta Miqueias.

Propósito: Chamar Judá ao arrependimento e à esperança durante a crise assíria e preparar Judá para o exílio babilônico ao mesmo tempo em que anuncia os julgamentos de Yaohu contra o pecado e as suas promessas de restauração.

Data: 742-686 a.C.

Verdades fundamentais:

Yaohu ameaçou julgar Samaria e Judá pelas suas violações evidentes da aliança.

Yaohu conclamou o seu Povo a se arrepender de seus pecados para evitar ou atrasar o julgamento.

Yaohu confirmou as promessas de restaurar o seu povo de derrota e do exílio.

Yaohu prometeu abençoar o seu povo restaurado com vitória, expansão e paz.





Propósito e características

Miqueias organizou suas dezenove profecias em três ciclos (caps. 1 – 2; 3 – 5; 6 – 7). Cada ciclo começa com profecias de julgamento e termina com uma profecia (ou profecias) de salvação, e cada uma delas começa com a mesma palavra hebraica traduzida como “ouvi” (1,2; 3,1; 6,1). O ciclo inclui três oráculos de julgamento (cap. 3) e sete oráculos de salvação (caps. 4 – 5). Miqueias usou trocadilhos inteligentes e citou seus adversários, os quais tentaram silencia-lo (2,6-7).

Nos seus oráculos de salvação, Miqueias previu que a salvação de Jerusalém durante a invasão de Senaqueribe (701 a.C.) dependeria somente da misericórdia de Yaohu em relação a um remanescente (2,13). Ele também previu que Yaohu libertaria o seu povo do cativeiro babilônio (4,9-10). Como resultado disso, o POVO DA ALIANÇA DEVERIA ANDAR NO NOME DE YHWH – YAOHU – O ETERNO (4,5) e depender da graça soberana de Yaohu (5,9), não dos trabalhos de suas próprias mãos (5,10-15). Durante esse julgamento, assim como no futuro, um REMANESCENTE perdoado resistiria por causa da misericórdia de Yaohu, pois Yaohu havia prometido em juramento ser fiel aos patriarcas (7,18-20).





§ TERMINANDO A MINHA LINHA DE RACIOCÍNIO, VAMOS AO ÚLTIMO ESTUDO – ANSELMO ESTEVAN.:



O que sempre digo (“PALAVRA”) –, todo deus “pagão” feito pelas mãos “humanas” (conforme: Is; Jr; Ez; etc.), tem olhos mas não enxergam. Têm pés mas não andam. Têm boca mas não falam – são carregados de um lado para o outro... E, se caem “NÃO CONSEGUEM SE LEVANTAR...!” Ok. Mas, TODOS SEM EXCEÇÃO, TÊM UM NOME PRÓPRIO! POR QUE O ÚNICO DEUS – VIVO, CRIADOR DE TUDO E DE TODOS, SÓ ELE NÃO TEM UM NOME?

Isso, termina aqui. E, para isso, a Bíblia – É A RESPOSTA:



Miqueias 4,5 Porque todos os povos andam, cada um em nome do seu deus; mas, quanto a nós, andaremos em o NOME DE YHWH – YAOHU, o nosso Deus, para todo o sempre.

Zacarias 10,12 Eu os fortalecerei no YHWH – Yaohu, e andarão no seu nome, diz YHWH – Yaohu.

Salmo 31,3 Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás.

Salmo 33,21 Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo Nome.

Salmo 68,4 Cantai a Deus, salmodiai o seu nome; exaltai o que cavalga sobre as nuvens. YHWH – Yaohu é o seu Nome, exultai diante dele.

Êxodo 6,2-3 Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o YHWH – Yaohu. Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-poderoso; mas pelo meu nome, “O YHWH – Yaohu”, não lhes fui conhecido. (UL-ELOHIM = TODO PODEROSO, E NÃO EL-ELOHIM – CONOTAÇÃO DE UM “DEUS GREGO”).

Deuteronômio 28,58-59 Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, escritas neste livro, para temeres este NOME GLORIOSO E TERRÍVEL, O YHWH – YAOHU, teu Deus, então, o YHWH – Yaohu fará terríveis as tuas pragas e as pragas de tua descendência, grandes e duradouras pragas, e enfermidades graves e duradouras!



OK. “TEMER” SIM! “ESCONDER, BLASFEMAR, TROCAR, OU OUTRO VERBO QUALQUER” – NÃO! É ISSO QUE ENTENDO NA PALAVRA DE YAOHU. POIS, NINGUÉM TEME UM ÍDOLO QUE NADA É, SIMPLESMENTE UMA IMAGEM FEITA POR MÃOS HUMANAS QUE NA VERDADE É UM “DEMÔNIO....”. “COMO A PRÓPRIA BÍBLIA” –, EXPLICA MELHOR DO QUE EU... VEJA O QUE DIZ A BÍBLIA QUANTO A ISTO:



Romanos 2,23-24 TU, QUE TE GLORIAS NA LEI, DESONRAS A DEUS PELA TRANSGRESSÃO DA LEI? POIS, COMO ESTÁ ESCRITO, O NOME DE DEUS É BLASFEMADO ENTRE OS GENTIOS POR VOSSA CAUSA.

Isaias 52,5-6 AGORA, QUE FAREI EU AQUI, DIZ O YHWH – YAOHU, VISTO TER SIDO O MEU POVO LEVADO SEM PREÇO? OS SEUS TIRANOS SOBRE ELE DÃO UIVOS, DIZ O YHWH – YAOHU; O MEU NOME É BLASFEMADO INCESSANTEMENTE TODO O DIA. POR ISSO, O MEU POVO SABERÁ O MEU NOME; PORTANTO, NAQUELE DIA, SABERÁ QUE SOU EU QUEM FALA: EIS-ME AQUI!

Ezequiel 36,21-23 MAS TIVE COMPAIXÃO DO MEU SANTO NOME, QUE A CASA DE ISRAEL PROFANOU ENTRE AS NAÇÕES PARA ONDE FOI.

DIZE, PORTANTO, À CASA DE ISRAEL: ASSIM DIZ O YHWH – YAOHU DEUS: NÃO É POR AMOR DE VÓS QUE EU FAÇO ISTO, Ó CASA DE ISRAEL, MAS PELO MEU SANTO NOME, QUE PROFANASTES ENTRE AS NAÇÕES PARA ONDE FOSTES. VINDICAREI A SANTIDADE DO MEU GRANDE NOME, QUE FOI PROFANADO ENTRE AS NAÇÕES, O QUAL PROFANASTES NO MEIO DELAS; AS NAÇÕES SABERÃO QUE EU SOU YHWH – YAOHU; DIZ O YHWH – YAOHU DEUS, QUANDO EU VINDICAR A MINHA SANTIDADE PERANTE ELAS!

Etc.



Veja, agora, o que diz o Salmo 138,2 e outros:



Salmo 138,2 Prostrar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu NOME, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu NOME e a tua palavra.

Salmo 8,1 Ó YHWH – Yaohu nosso, quão magnífico em toda a terra é o TEU NOME!

Pois expuseste nos céus a tua majestade.



Estudo do Salmo 8,1 Ó YHWH. O nome pessoal, ou da aliança, de Deus que ele revelou a Moisés na sarça ardente (cf. Êx 3). Quão magnífico... é o teu nome! O nome de Deus indica o seu caráter ou a sua reputação. A repetição desse verso inicial no final do salmo dá um ar reverente a toda a composição. (Por isso, é mais do que importante falar seu nome próprio e pessoal!). Anselmo Estevan.



Salmo 8,5 Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.



Estudo do Salmo 8,5 Deus. Do hebraico Elohim, normalmente traduzido por “Deus”. A Septuaginta (a tradução grega do AT) o traduz por “anjos” (conforme citado em Hb 2,7). “ANJOS” é uma tradução apropriada, pois o termo em hebraico pode significar “seres sobrenaturais” ou até “governadores” (veja a nota sobre Dn 10,13). Só que no meu entender “Deus”, não é “criatura”, e, sim CRIADOR! Por isso no meu entender essa conotação é errônea! Anselmo Estevan.

Daniel 10,13 estudo: Mas o príncipe da Pérsia me resistiu. No contexto fica aparente que esse príncipe se refere a um ser espiritual poderoso, mas maligno (cf. Jó 1,6-12; Sl 82; Is 24,21; Lc 11,14-26), designado por Satanás para agir no interesse do governo persa. Do mesmo modo, o arcanjo Miguel é chamado “o grande príncipe, o defensor” de Israel (12,1). Em outras ocasiões no Antigo Testamento os exércitos do céu são mencionados como lutando por Israel (Jz 5,20; 2Rs 6,15-18; Sl 103,20-21), porém Miguel, um dos primeiros príncipes veio para ajudar-me. Miguel é retratado como comandante dos santos anjos em Jd 9 e em Ap 12,7. Aqui temos um vislumbre das batalhas espirituais travadas no céu e que afetam os acontecimentos sobre a terra (Ef 6,12; Ap 12,7-9).



Obs.: Século II a.C., (285-247 a.C.) – De Israel foram enviados 72 sábios (6 para cada uma das doze tribos de Israel) com a incumbência de traduzir as escrituras do hebraico para o grego, trabalho que cada um completou, segundo o Talmude ou Guemará (estudo), em 72 dias, estando cada um desses sábios confinado em celas separadas, na ilha de Faros. Somente o Pentateuco – Torá, foi traduzido nesta etapa, os demais livros, completando o Tanách – Bíblia, a saber, Nevii – Profetas (8) e ketuvin – Escritos (11), foram traduzidos posteriormente, até o final do século II a.C. (a Bíblia em hebraico é composta somente do Velho Testamento – Primeira Aliança). O Novo Testamento, também em grego, não é acoplado a Septuaginta, somente existindo em separado.



A Vulgata de São Jerônimo – A Bíblia Latina da Igreja Católica.

Devido às dificuldades reinantes no século III d.C., grandes divergências dogmáticas agitaram o mundo cristão e provocaram sanguinolentas perturbações, até que o imperador Teodósio conferiu a supremacia ao papado, impondo a opinião do bispo de Roma à cristandade.



A fim de por termo a essas divergências de opinião, no momento em que vários concílios discutiam acerca da natureza de Jesus, uns admitindo e outros rejeitando sua divindade, o Papa Damásio confia a São Jerônimo, no ano 384, a missão de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo Testamento. Essa tradução passaria a ser a única reputada ortodoxa e aceita pela Igreja!



Veja um resumo da resposta de São Jerônimo ao Papa Damásio:

“Da velha obra me obrigais a fazer obra nova?” Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo (...). É um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido.

“Qual de fato, o sábio e mesmo o ignorante que, desde que tiver nas mãos um exemplar novo, depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo que se acha em desacordo com o que está habituado a ler (...). Não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um sacrilégio, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir alguma coisa nos antigos livros?”.



Material tirado: (http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Educacao/M_BibliaTraducoes.htm) 15/09/2010.

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Finalizando:



Salmos 148,13 LOUVEM O NOME DO YHWH – YAOHU - , PORQUE SÓ O SEU NOME É EXCELSO; A SUA MAJESTADE É ACIMA DA TERRA E DO CÉU!



Leia: Miqueias 4,6-13. Anselmo Estevan.















CHRISTÓS, “O UNGIDO” –, EM MIQUEIAS.

(Yaohushua):



O livro de Miqueias revela O UNGIDO em pelo menos duas maneiras. Em primeiro lugar, Miqueias faz várias previsões de julgamento e libertação que tratavam diretamente da decisão divina quanto ao ataque devastador do rei assírio Senaqueribe a Judá e à salvação de Jerusalém. Ele também previu que os babilônios conquistariam Judá. Como atos principais de julgamento divino e salvação, essas previsões e suas realizações são sombras ou tipos que anteciparam o julgamento e a salvação finais que vêm em O UNGIDO.

Em segundo lugar, as previsões dos julgamentos e das bênçãos que aconteceriam na restauração do povo de Yaohu após o cativeiro babilônico falam mais diretamente do UNGIDO. De acordo com o Novo Testamento, Yaohushua inaugurou esses acontecimentos em seu ministério terreno, dá continuidade a eles hoje e os completará quanto retornar. Miqueias falou desses acontecimentos como “últimos dias” (4,1; Hb 7) e “naquele dia” (2,4; 4,6; 5,10; 7,12); ou seja, “o dia do ETERNO – YAOHU”, o qual o Novo Testamento liga com a obra de O UNGIDO – YAOHUSHUA (2Ts 2,1-2; 2Pe 3,10). Talvez a previsão mais direta do UNGIDO em Miqueias seja encontrada em 5,1-6 (veja Mt 2,6), em que Yaohu prometeu que a casa de Davi se levantaria após o exílio, derrotaria os inimigos de Judá, governaria o mundo todo e traria paz para o povo de Yaohu. (Mas não pelo povo... e, sim pelo seu santo Nome – Ezequiel 36,21-23 observe isto...). Anselmo Estevan.







MIQUEIAS: Questões literárias e linguagem. O conteúdo do livro de Miqueias está distribuído conforme um esquema clássico nos textos proféticos: sentenças de condenação (Mq 1 – 3, exceto o “bloco errático” 2,12-13, de um lado; Mq 6,1 – 7,6 ou 7 de outro) e promessas de salvação (Mq 4 – 5; 7,7 ou 8-20), sucedendo-se conforme uma alternância regular. Evidentemente, esta distribuição é obra de redatores posteriores à composição dos oráculos. Surge assim a questão da autenticidade dos elementos neles contidos. Os caps. 1 – 3 e 6,1 – 7,6 são quase unanimamente atribuídos a Miqueias de Moréshet, que viveu no séc. VIII; os vv. 2,12-13 e a liturgia de 7,8-20 são situados em geral na época do retorno do Exílio, depois de 536. Os caps. 4 e 5 mantêm-se como objeto de discussão; alguns os vêem como um conjunto de oráculos pós-exílicos, outros reconhecem neles um substrato miqueniano reelaborado em sucessivas releituras. A questão continua aberta.

Tal como está, o livro apresenta as formas literárias clássicas herdadas da tradição profética: advertências, repreensões, oráculos de julgamento, requisitórios ou processos de aliança, promessas de salvação, fragmentos litúrgicos. Mas, na medida em que se pode sondar o substrato original dos textos, aparece claramente que Miqueias lhes imprimia sua marca pessoal: diversas vezes, a condenação transforma-se em lamentação (Mq 1,2-16 e 7,1-7), marca de uma sensibilidade vibrante que o profeta nem sempre consegue dominar. Será seu conflito com os responsáveis oficiais que o leva a afirmar seu interesse pelos gêneros do processo (1,1ss.; 6,1-8) e da controvérsia (2,6-11)? De vez em quando transparece até a linguagem coloquial. No mais, seu estilo, às vezes conciso a ponto de se tornar elíptico, aproxima-se do de Amós por seu vigor e crueza (2,6; 3,5). O quase sistemático recurso a jogos de palavras às vezes dificulta a compreensão do texto, além do fato de este nos ter chegado em estado bem alterado. O tradutor hesita às vezes quanto ao teor exato de certas passagens.





O profeta e seu tempo. O nome de Miqueias (Miká, Mikáiehu) representa uma interrogação abreviada: Quem é como o [Senhor]? (cf. Mq 7,18) e talvez evoque uma exclamação cultual (Sl 113,5; 35,10; 89,7-9; Is 44,6ss.). O nome aparece na Bíblia com relativa freqüência. Convém distinguir nosso profeta-escritor de outro profeta chamado Miqueias, mencionado em 1Rs 22 (= 2Cr 18).

Identifica-se geralmente a pequena aldeia de Moréshet, pátria de Miqueias (conforme 1,1), com o atual Tell el-Yudeideh. O profeta provém portanto de Judá, mais exatamente na Baixada situada a oeste da capital. Esta localização tem sua importância em vista do tempo e dos acontecimentos históricos aos quais o livro alude. {O nome...(Mq 7,18), o correto seria... [Yaohu]?...}. Anselmo Estevan. (*).





A mensagem. A pregação de Miqueias concerne essencialmente à situação moral e religiosa de Judá. Os hierosolimitanos julgam poder apropriar-se da aliança com garantia da inviolabilidade de sua cidade. Falsa segurança, denuncia Miqueias. Permanecendo Yaohu fiel à seu compromisso, o homem poderia considerar-se dispensado do seu! Ora, em Jerusalém, a corrupção dos poderosos tomara dimensão assustadora, profetas e juízes mais preocupados com seu proveito que com a verdade e a eqüidade de que são responsáveis. Alargou-se o fosso entre proprietários e pobres, a situação social é deplorável. Os cultos são celebrados com fausto, mas não implicam conversão do coração. O mal se tornou tão radical que Samaria e Jerusalém aparecem como a personificação do pecado (Mq 1,5). O castigo conseqüência do julgamento de Yaohu, estará à altura de sua rebeldia. O fato de ter anunciado este julgamento granjeará a Miqueias, na história, a fama de profeta de desgraça (Jr 26,18). Contudo, não convém ver na catástrofe que se aproxima da cidade santa a manifestação de uma ira cega e implacável, mas antes o julgamento de um Deus que não tolera a injustiça. O profeta se refere a um ideal da Aliança resumido na admirável fórmula de Mq 6,8; Israel é julgado em função de sua eleição.

Todavia, o livro de Miqueias não se restringe a perspectivas sombrias. O castigo talvez se transforme em apelo à conversão. Yaohu já está preparando uma renovação no humilde clã de Efrata (Mq 5,1-5), onde se espera um rei messiânico descendente de David. A reunificação das tribos dispersas inaugura a grande paz que se estenderá até os confins da terra. Jerusalém tornar-se-á centro de atração universal, e as nações acorrerão de toda parte, para nela encontrar YAOHU e receber sua Palavra (Mq 4,1-5). Fonte de bênçãos para as nações convertidas ao ETERNO, o pequeno resto israelita desempenhará em relação aos povos rebeldes o papel de instrumento da vingança divina. Toda falsa segurança humana, todo culto mentiroso, toda prática idolátrica serão varridos. Israel entregar-se-á totalmente a YAOHU e só esperará sua salvação de uma iniciativa divina.

Conforme o título do livro, Miqueias exerceu seu ministério sob os reis Iotâm, Acaz e Ezequias de Judá, ou seja, entre 750 e 697. É contemporâneo do Primeiro Isaías. Nenhum texto, todavia, permite afirmar com certeza sua manifestação no tempo de Iotâm; convém antes pensar no fim do reinado de Acaz. De outra parte, será que o título registra toda a atividade do profeta? Alguns passos extremamente duros talvez se refiram ao ímpio rei Manassés e sua época. Nesta hipótese, o ministério de Miqueias se estenderia de 725 a 680. Este período foi marcado por dois fatos importantes. Em primeiro lugar, a queda de Samaria, em 722, depois de sucessivas crises dinásticas. Miqueias viveu esta catástrofe: anuncia-a em 1,6-7. O outro grande fato histórico consiste na invasão da Baixada por Senaqueribe, em 701. A pátria do profeta fica de repente incluída na zona de ação dos exércitos assírios. Miqueias chega a ver a desgraça aproximar-se de Jerusalém, cuja queda considera inevitável (1,8-16 e 3,12).

Miqueias vê-se assim envolvido na tormenta que atinge sua terra. Mas, à diferença de Isaías, não se envolve de modo prático no jogo político. Nunca se pronuncia, por exemplo, sobre os esforços diplomáticos dos responsáveis. Ao contrário, considera os acontecimentos conseqüência inelutável do pecado de Israel, a saber, a injustiça social e o conluio com os cultos estrangeiros.

Na sua luta, Miqueias aparece como um homem solitário, só diante do povo cujo sofrimento partilha, só diante dos poderosos (sacerdotes, juízes e príncipes, cf. Mq 3), só diante dos profetas cegos que anunciam um futuro de felicidade e facilidade (Mq 2,6-11). Mas enfrenta-os com coragem, consciente de ser conduzido pelo “Rúkha” do ETERNO, que lhe dá a força de cumprir sua missão (Mq 3,8).



Oráculo: A “Mensagem de Yaohu” revelada no AT (RA: Rm 3,2; Hb 5,12; 1Pe 4,11). Resposta que, por meio de augúrios, os pagãos esperavam receber de divindade, consultada em momentos de indecisão (Ez 21,21-23, RA; v. NTLH).



(*): Possivelmente seja “Senhor” mesmo pelo nome: “Mikáiehu” = SENHOR! Onde, o Nome de “Deus”, foi “alterado...”!! Anselmo Estevan.

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