quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Y'HOSHUA (JOSUÉ).

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE:




JOSUÉ



INTRODUÇÃO





Visão Geral

Autor: Desconhecido.

Propósito: Apresentar o cumprimento das promessas de Yaohu nos dias de Josué e ensinar às gerações futuras de Israel como servir ao YHWH – nas batalhas, na distribuição da Terra Prometida entre as tribos e na renovação de sua aliança com Yaohu.

Data: c.1000-561 a.C.

Verdades fundamentais:

Por intermédio de Josué, Yaohu abençoou Israel com muitas vitórias na Terra Prometida, mas ainda havia inúmeras batalhas a serem travadas.

Por intermédio de Josué, Yaohu distribuiu a terra do modo em que deveria ser mantida no futuro.

A renovação da aliança realizada nos dias de Josué serve de modelo para a renovação em gerações futuras.





Propósito e características

A principal idéia teológica do livro de Josué é que, assim como Israel devia servir a YHWH sob a liderança de Josué com gratidão por Yaohu haver cumprido as suas promessas, também os leitores deviam continuar a servir com gratidão diante do cumprimento das promessas divinas.





Cristo em Josué.

O livro de Josué aponta para Cristo de várias maneiras. Do mesmo modo que a primeira parte do livro apresenta Josué como um guerreiro liderando a conquista de Canaã, o Novo Testamento fala de Cristo como o grande Guerreiro que conduz o seu povo a tomar posse dos novos céus e da nova terra. O que Josué apenas começou, Cristo cumpriu na sua primeira vinda ao derrotar Satanás (Ef 4,8-9; Cl 2,15; Hb 2,14-15), continua a cumprir na guerra santa espiritual que a Igreja enfrenta (At 15,15-17; Ef 6,10-18) e cumprirá de modo definitivo na sua segunda vinda (Ap 19,11-21; 21,1-5).

Assim como a segunda parte do livro mostra a divisão da herança de Israel entre todas as tribos segundo Yaohu havia determinado, o Novo Testamento explica que Cristo dá ao seu povo a herança que lhe cabe. Em sua ressurreição e ascensão, Cristo recebeu muitas bênçãos de Yaohu, bênçãos estas que ele distribui ao seu povo por meio dos dons do Espírito (Ef 4,4-13). Assim, o Espírito é o penhor que garante a nossa herança vindoura (Ef 1,13-14). Quando Cristo voltar em glória, concederá ao seu povo a herança plena e eterna que consistirá em reinar com ele para sempre sobre os novos céus e a nova terra (Ap 5,10; 22,5).

Do mesmo modo que a terceira parte do livro se concentra na necessidade de uma vida fiel à aliança, o Novo Testamento ensina que Cristo preencheu todos os requisitos da aliança para aqueles que crêem nele, tornando-se justiça de Yaohu (2Co 5,21). Cristo cumpriu perfeitamente toda a lei santa de Yaohu e sua justiça é imputada àqueles que crêem (Rm 3,21-24; 4,3-13; Gl 2,16). Ao mesmo tempo, porém, a vida em aliança com Yaohu continua a ser um período de teste, pois provamos a fé que professamos ao conformar a nossa vida aos requisitos da aliança de Yaohu conosco (Mt 24,12-14; Fp 2,12-13; Hb 3,14; 10,15-39; Ap 2,7.11.17.26.28.; 3,21).







JOSUÉ: Seguindo-se ao Pentateuco, o livro de Josué inicia a narrativa de uma etapa – e não a menor – da história de Israel. Conforme a tradição judaica, ele faz parte do grupo dos “Profetas anteriores” (Josué, Juízes, Samuel e Reis).

O Livro de Josué pode facilmente ser dividido em duas partes, seguidas de três conclusões (caps. 22; 23 e 24).

1. A conquista da terra prometida (1 – 12). Após um capítulo de introdução (1), Josué envia espiões a Jericó; eles são acolhidos com hospitalidade por Rahab. Os israelitas atravessam o Jordão e acampam em Guilgal (3-4), onde se efetua uma circuncisão e uma primeira celebração da Páscoa em terra canaanita (5). Na Palestina central, a conquista principia com a tomada de Jericó (6), depois com a de Ai (8), no decorrer da qual é descoberto o pecado de Akan (7). A seguir, Josué faz uma aliança com os guibeonitas (9), e isto provoca uma coalizão dirigida pelo rei de Jerusalém contra Israel, resultando na batalha de Guibeon (10). Na Palestina do norte, Israel tem de enfrentar uma nova coalizão dirigida pelo rei de Hasor, cuja cidade foi incendiada pelos israelitas (11). No cap. 12, um quadro recapitula a lista das cidades conquistadas.

2. A repartição territorial entre as doze tribos (13 – 19), à qual se pode, juntar as enumerações das cidades de refúgio (20) e das cidades levíticas (21).

3. Conclusões: as tribos transjordanianas que participaram da conquista (1,12-16) são remetidas por Josué para seu patrimônio além do Jordão (22,1-6). Nesta primeira conclusão, enxerta-se o episódio da construção de um altar por estas tribos, ocasião de um pacto solene entre as doze tribos (22,7-34).

O cap. 23 constitui o testamento de Josué, sucessor de Moisés.

O cap. 24 nos apresenta, em aparente paralelismo com o precedente, a aliança firmada por Josué em Siquém.

Deste rápido resumo depreende-se que um só personagem domina o conjunto das narrativas: Josué, filho de Nun, pertencente à tribo de Efraim (Nm 13,8.16). O seu nome é, por si só, todo um programa. Josué significa: “O YHWH salva”. Narra uma tradição bíblica que Moisés lhe mudou o nome de Hoshea (Oséias) para Iehoshua (Josué); [AQUI, O NOME DE CRISTO QUANDO TRANSLITERADO PARA “j” =JESUS SENDO ERRADAMENTE CHAMADO. POR ISSO YHWH – SALVA. OU SEJA, “IEOSHUA” – SALVA = Josué CRISTO.], [Anselmo Estevan], (Nm 13,16), definindo-lhe um novo destino.

Outras personagens bíblicas também receberam este nome que, na época do Novo Testamento, RESULTOU EM “JESUS” – PALAVRAS DO AUTOR - para um judeu de língua grega (cf. Hb 4,8). Para os primeiros cristãos, isto facilitaria a aproximação entre a atividade de Jesus como salvador e a de Josué como condutor do povo rumo à terra do repouso. (Página 323 - da Bíblia tradição ecumênica TCB – edições: Loyola. {SÓ QUE NO YHWH – A TRANSLITERAÇÃO ESTÀ COMO SENHOR = YAHWEH = FORMA ERRADA – SENDO SENHOR = BAAL. Anselmo Estevan}).

No Pentateuco, Josué vive à “sombra” de Moisés: com ele sobe à montanha de Yaohu, segundo Êx 24,13; vela pela Tenda do Encontro (Êx 33,11); por vezes, desempenha um papel militar de destaque (Êx 17,8-16). Ao saber que não atravessaria o Jordão para conduzir o povo à Terra Prometida, Moisés confiou esta missão a Josué (Nm 27,18-23; Dt 31,7-8).

O Livro de Josué não pode ser lido com um registro que referisse ponto por ponto as etapas da conquista e instalação de Israel em Canaã. Sem dúvida, a crítica moderna cada vez mais reconhece o valor das tradições em que ele se funda. Mas, entre os acontecimentos que ele refere (fim do século XIII) e a data da redação final do livro, medeiam vários séculos. Por outro lado, a imagem – que este documento propõe – de uma conquista total de Canaã pelo conjunto da liga das tribos não resiste à crítica histórica. Canaã só foi efetivamente conquistada no tempo de Davi (século X). Antes disso, como o próprio livro repetidas vezes sugere, os canaanitas, ao invés de serem todos exterminados, mantiveram-se nas planícies e não raro houve coexistência entre eles e os israelitas (cf. 15,63; 16,10; 17,12.18). Por ocasião da morte de Josué, somos informados de que um amplo território ainda ficava por conquistar, embora já houvesse sido repartido pelas tribos (13 – 23).

Qual a perspectiva em que se deve ler este livro? Como é que ele, aos poucos, se formou? Uma leitura atenta mostra que, em Js 2 – 10, estamos diante de tradições particulares das tribos de Benjamim e Efraim, ou seja, unicamente das tribos do centro, vinculadas ao santuário de Guilgal e mesmo ao de Betel. Este primeiro conjunto foi compilado no fim do século X. A esta altura, Josué conduzia todo o povo, entidade maldefinida no livro, mas que de fato representa os guerreiros de algumas tribos que participaram da saída do Egito. Todavia, bem mais que ao aspecto militar – que não deixa de ter importância -, deve-se ser sensível à dimensão cultual e à apresentação litúrgica dos materiais. A travessia do Jordão (3 – 4) com a presença da Arca, réplica da travessia do mar dos Juncos, constitui uma entrada processional na Terra Prometida. Em Js 5, a menção à circuncisão seguida da primeira Páscoa celebrada com os produtos da região representa uma seqüência eminentemente litúrgica.

Nesta base, uma releitura foi feita por um redator pertencente à escola que produziu o Deuteronômio e que nele se baseou para meditar a história passada de Israel à luz das experiências recentes (séculos VII – VI). Esta meditação é particularmente perceptível nos grandes discursos dos caps. 1 e 23, sem contar inúmeros retoques com relação à obra anterior. A conquista é apresentada como obra de “todo Israel” (cf. 10,28-39). A menção reiterada às tribos transjordanianas frisa o propósito de manter a unidade do povo numa época em que ela estava em perigo (cf. 1,12-16; 12,1-6; 13,8-32; 22,1-6).

Paralelamente, exprime-se uma preocupação muito viva com a fidelidade de Israel ao seu Deus – Yaohu, que a convivência com as demais nações pode comprometer a todo momento; pois a Aliança supõe um compromisso incondicional. Só nesta perspectiva é que se torna compreensível a insistência no extermínio dos povos que habitam Canaã e na necessidade de vota-los ao interdito (6,17.21; 11,12.14). Esta medida, que, a uma simples leitura das narrativas, poderia nos chocar, é mais teórica do que real. Ela foi imaginada posteriormente, por causa da experiência do perigo de idolatria, do qual Israel não escapou.

Mais positivamente, o interesse dos redatores tem em mira a terra que Yaohu prometeu aos antepassados do povo. Por isso, a segunda parte do livro (13 – 19), muito menos influenciada pelo trabalho deuteronomista, comporta uma demarcação de fronteiras e listas de cidades para cada uma das doze tribos de Israel. Temos aí documentos muito preciosos sobre a divisão tradicional da terra entre os membros da liga israelita. Alguns deles podem remontar ao período que precede a realeza de Davi, mas não se podem excluir complementos mais tardios, em função da respectiva evolução da situação em Judá e Israel durante o período monárquico.

Além da redação deuteronômica, pode-se reconhecer na elaboração do Livro de Josué uma influência dos meios sacerdotais. Em certos capítulos, o papel do sacerdote Eleazar ou do seu filho Pinhas chega a suplantar o de Josué (14,1; 19,51; 21,1; 30,32), e a maioria desses relatos está vinculada ao santuário de Shilô.

Se levarmos em conta esse extenso trabalho redacional, teremos uma noção mais exata daquilo que, do ponto de vista histórico, se deve esperar do Livro de Josué. Não há dúvida de que a apresentação da conquista sob a guia exclusiva de Josué procede de uma sistematização que não nos deve impedir de perceber a complexidade dos fatos. Por exemplo, nada se diz da conquista de Betel, que, entretanto é referida em Jz 1,22-26. A tomada de Siquém não aparece em nenhum relato, sinal provável de que houve uma instalação pacífica, por um acordo com os habitantes desta cidade. A conquista de Hebron e Debir é atribuída a Josué (Js 10,36-39), ao passo que ficamos sabendo em outro lugar que o verdadeiro conquistador de Hebron foi Daleb, e o de Debir, Otniel (15,13-14; 15,17 e Jz 1,11-13).

Para restabelecer a verdade histórica deste período, freqüentemente se invocou o testemunho da arqueologia. De fato, as escavações empreendidas em cidades antigas não raro atestam violentas destruições, ocorridas na passagem da Idade do Bronze Recente – que termina por volta de 1200 – para a Idade do Ferro. Já que a entrada dos israelitas em Canaã é dotada por volta de 1230, houve a tentação de atribuir a eles essas destruições. Mas não se podem descartar, por um lado, rivalidades entre as cidades-estados canaanitas, por outro, a presença nesta época de invasores de outra origem. O argumento arqueológico perde então sua força. Todavia, uma cidade como Hasor, cuja destruição é situada pelos arqueólogos no fim do século XIII, pode efetivamente ter sido incendiada pelos israelitas, conforme atesta Js 11,10-11. No caso de Jericó, os indícios arqueológicos revelaram-se decepcionantes quanto a este período, e a narrativa de Js 6 tem mais a aparência de uma liturgia guerreira do que um relato circunstanciado do cerco contra a cidade. Não se pode deixar de admitir que o texto bíblico nem sempre dá resposta às perguntas que nós lhe fazemos.

Muito mais do que Josué, a personagem central do livro é a Terra Prometida. O que era objeto da promessa no Pentateuco encontra aqui cumprimento. Por isso, houve quem chegasse a falar de um Hexateuco, acrescentando Josué ao Pentateuco. A Terra é o lugar da fidelidade de Yaohu para com seu povo e do povo para com seu Deus – Yaohu. Penhor da aliança entre Yaohu e Israel, ela não é um símbolo inanimado, mas um convite vivo e insistente ao homem de assumir a realidade criada para santifica-la. A ocupação de Canaã e sua divisão cadastral entre os filhos de Israel cumprem a promessa patriarcal renovada por Yaohu a Moisés. Não devemos nos deter ante a aridez das enumerações topográficas, mas partilhar a alegria do redator que pormenoriza a herança dada por Yaohu às tribos.

O Livro de Josué afirma que a Terra é simultaneamente dom e constante objeto de conquista. Há nisto uma nunca resolvida tensão entre o presente e o futuro, constitutiva da existência do povo de Yaohu.



VAMOS AS PRINCIPAIS PERSONAGENS DE JOSUÉ:



JOSUÉ

Pontos fortes e êxitos:

Assistente e sucessor de Moisés.

Um dos dois com mais de 20 anos de idade que saíram do Egito e viveram para entrar na Terra Prometida.

Guiou os israelitas para entrarem na terra que Yaohu lhes prometera.

Brilhante estrategista militar.

Tinha fé para pedir a Yaohu orientação nos desafios que enfrentava.



Lições de vida:

A liderança efetiva costuma ser produto da boa preparação e encorajamento.

As pessoas nas quais nos espelhamos exercerão influência sobre nós.

A pessoa comprometida com Yaohu nos proporciona o melhor exemplo.



Informações essenciais:

Localidades: Egito, o deserto do Sinai e Canaã (a Terra Prometida).

Ocupações: Assistente especial de Moisés, guerreiro e líder.

Familiares: Pai – Num.

Contemporâneos: Moisés, Calébe, Miriã e Arão.





Versículos-chave: “E fez Moisés como YHWH lhe ordenara; porque tomou a Josué e apresentou-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação; e sobre ele pôs as mãos e lhe deu mandamentos, como YHWH ordenara pela mão de Moisés” (Nm 27,22.23).





Josué é também mencionado em Êxodo 17,9-14; 24,13; 32,17; 33,11; Números 11,28; 13; 14; 26,65; 27,18-23; 32,11.12.28; 34,17; Deuteronômio 1,38; 3,21.28; 31,3.7.14.23; 34,9; e todo o livro de Josué; Juízes 2,6-9 e 1 Reis 16,34.







RAABE

Pontos fortes e êxitos:

Mãe de Boaz, e também ancestral de Davi e Cristo (Mt 1,5).

Uma das duas únicas mulheres citadas na galeria dos heróis da fé em Hebreus 11.

Habilidosa, disposta a ajudar as outras pessoas a qualquer custo para si própria.



Fraquezas e erros:

Foi uma prostituta.



Lições de vida:

Não permitiu que o medo afetasse sua fé na confiança de ser salva por Yaohu.



Informações essenciais:

Local: Jericó.

Ocupações: Prostituta/hospedeira, mais tarde tornou-se esposa.

Familiares: Esposo – Salmom; filho – Boaz.

Contemporâneo: Josué.





Versículo-chave: “Pela fé, Raabe a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias” (Hb 11,31).





A história de Raabe encontra-se em Josué 2 e 6,22.23. Ela também é mencionada em Mateus 1,5; Hebreus 11,31 e Tiago 2,25.

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